sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Quem sou eu?

Se alguém me perguntar quem sou eu, eu responderei:
Sou muito mais que meu nome ou um conjunto de adjetivos
Por mais complexos que eles sejam
Sou a sobrevivência de meus antepassados,
A sobrevivência de inúmeras guerras e epidemias
A sobrevivência do acaso
Muito mais que uma sobrevivente
Eu sou uma vida
E faço parte de uma loteria
Onde só aparecem os vencedores

Sexta-feira 13

O ser humano, na sua vã existência, teria motivos para impressionar-se e assustar-se pela vida inteira. Não entendemos nada, é como um jogo onde você não sabe as regras, e nem a hora de acabar. As pessoas deveriam impressionar-se com isso a vida inteira, acordar todas as manhãs e pensar: "Eu sou um ser vivo, o milagre da criação e da razão, e não existe qualquer outro igual a mim", mas esperam um dia, a sexta-feira 13 para imaginar seres fictícios, projetar a existência de coisas que são menos assustadoras do que a nossa própria existência, e insistem em "celebrá-los". Assustador é esse vício que o ser humano tem de habituar-se...

Vitrais coloridos

Sentar na janela
E ver o mundo
Através de vitrais coloridos
O mundo vermelho ou verde
Azul ou amarelo
Era tão sem graça...
O bonito do mundo é o contraste!
De que cor você o enxerga?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Filósofos natos

Eu e toda a minha ingenuidade típica das menininhas de 13 anos, acredito que posso mudar o mundo. Por que não? Para os típicos adultos chatos e "robóticos" do clássico "sim, senhor" essa é a maior besteira que já ouviram. Por isso é que é tão bom ser uma eterna criança. As crianças têm as duas coisas mais admiráveis que um ser humano pode ter: curiosidade e esperança. A minha criança interior acredita em si. Os homens nascem filósofos, crescem, e se tornam, de fato, homens. É um caminho deprimente...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

(in)orgânico

Cada vez mais, eu chego a conclusão de que ser humano é tudo igual. Somos um bando de máquinas pseudointeligentes, pseudodiferentes umas das outras. Contemos todos os mesmos ingredientes banhados à muita hipocrisia, só o que muda são as dosagens. Apesar disso, depois de uma vida inteira, ainda temos a ousadia de dizer: "Não generalize!"

Sócrates

Hoje afirmo que não sabemos quem somos, qual o sentido da vida, para onde vamos ou de onde viemos. Ninguém sabe. Mas como não preocupar-se com isso? Essa é a essência, somos nós. Não interessar-se por esses problemas é não interessar-se por si mesmo.
Mas como diz Fernando Anitelli: "É mais fácil conviver com a tristeza generalizada do que romper com as correntes de preguiça". Preguiça sim! As pessoas têm preguiça (ou medo?) de pensar. Hoje, durante uma palestra com um filósofo, lembrei de Sócrates.
Sócrates foi um filósofo grego da antiguidade, autor da famosa frase "Só sei que nada sei". Como não se considerava sábio (mas queria sê-lo) ele caminhava pela cidade de Atenas, conversando com as pessoas que eram consideradas na sociedade os grandes sábios, em busca das respostas para suas perguntas. O que ele acabava fazendo, era convencer as pessoas de sua própria ignorância, pois aqueles considerados sábios, sabiam o mesmo nada sobre a vida que Sócrates. O que aconteceu com o nosso filósofo? Foi morto. Condenado a beber um veneno letal em praça pública, caso não retirasse suas palavras (e não o fez).
A humanidade progride, e permanece a mesma. Hoje em dia, são Sócrates todos aqueles que nunca estão satisfeitos com o que sabem. Ser Sócrates é querer sempre mais. Infelizmente, esses são os curingas de um grande baralho, e enquanto a humanidade permanecer humana, será assim.

- Agradecimento ao filósofo Márcio Mallmann e à sua palestra maravilhosa.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

De um certo arrepio

Foi quando ela disse a frase mais clichê que existe, que eu vi que era sincero.
"Quero que vocês todos sejam felizes"
Me arrepiou, e agora ficou em mim...

Para mamãe

Ela me disse que eu estava no caminho errado, e eu respondi que então são os erros o que eu mais quero.
Então perguntei-a: Pra que Deus, se te tenho?
E ela se ofendeu.
Mamãe, eu sou ateia.

Origens

De onde vem a chuva?
Soube que as nuvens se encheram dela por causa do sol...
Mas de onde vêm as nuvens e o sol?
Também contaram-me que houve uma grande explosão que é a causa de tudo.
Mas qual foi a causa da explosão?
De pensar que em nada disso pensei no teu abraço, no meio da rua, no meio da chuva, eu me pergunto: "De onde vem o amor?"