quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Aos filhos de Tédio

Somos escravos do tédio
Não desse tédio de madrugadas vazias na internet
Não desse tédio que mata aqueles que não o suportam
Me refiro ao tédio da vida, o tédio da rotina
Do tédio que nos tornamos, do tédio das relações
Qualquer momento, por menor que seja, de euforia e alegria
Qualquer fração de segundo de descuido do nosso Pai
Se tornam eternos
Ainda mais para os artistas...
Pois atrevo-me a dizer que é por nada mais que falta do que fazer que a "humanidade" se destrói desde o seu surgimento.
Que nada pode ser além de tédio o que promove os assassinatos
E que é a desocupação a mãe da ignorância e da futilidade.
Essa é a doutrina do nosso Senhor
Pobres daqueles que não a aceitam, infelizes aqueles que a seguem.

Sobre a Dúvida

Quem decide o que é certo e o que é errado?
Quem faz ideia do que é certo e o que é errado?
Por que tanto falar de ética, se ela não existe?
Nem tampouco a maldade
Tudo é dúvida, pois também não existem respostas.

A todos os rotulados e rotuladores.

Felizes aqueles que encontram um rótulo para si. Esses não precisam passar a vida toda inventando-se para poder viver bem.
Assim, lhes sobra todo o tempo do mundo...Para fazer absolutamente nada! Isso não é irônico?

Feliz Aniversário!

Alguns homens nascem póstumos, pois em seu tempo, a humanidade ainda não está avançada o suficiente para compreendê-los.
Parabéns, Friedrich Nietzsche, por seus 165 anos de vida.

domingo, 11 de outubro de 2009

"Quem não arrisca, não petisca".

E por hoje é só!

Eterno Retorno

"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"
Trecho de "A gaia da ciência", de Friedrich Nietzsche.

Sobre o Amor

Quem me dera eu poder escrever sobre o amor
Algo que as pessoas quisessem ler
Não, o amor não é lindo
O amor é bobo!
Também não é cego,
É burro!
Ainda assim considerado o mais nobre dos sentimentos.
Ninguém o entende, ninguém o explica
Todos o sentem, poucos o vivem.
Ninguém o conhece, e todos dizem conhecê-lo
Isso o torna ridículo e banal.
Isso o torna lindo, o torna cego
E perfeitamente contraditório!