terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sócrates

Hoje afirmo que não sabemos quem somos, qual o sentido da vida, para onde vamos ou de onde viemos. Ninguém sabe. Mas como não preocupar-se com isso? Essa é a essência, somos nós. Não interessar-se por esses problemas é não interessar-se por si mesmo.
Mas como diz Fernando Anitelli: "É mais fácil conviver com a tristeza generalizada do que romper com as correntes de preguiça". Preguiça sim! As pessoas têm preguiça (ou medo?) de pensar. Hoje, durante uma palestra com um filósofo, lembrei de Sócrates.
Sócrates foi um filósofo grego da antiguidade, autor da famosa frase "Só sei que nada sei". Como não se considerava sábio (mas queria sê-lo) ele caminhava pela cidade de Atenas, conversando com as pessoas que eram consideradas na sociedade os grandes sábios, em busca das respostas para suas perguntas. O que ele acabava fazendo, era convencer as pessoas de sua própria ignorância, pois aqueles considerados sábios, sabiam o mesmo nada sobre a vida que Sócrates. O que aconteceu com o nosso filósofo? Foi morto. Condenado a beber um veneno letal em praça pública, caso não retirasse suas palavras (e não o fez).
A humanidade progride, e permanece a mesma. Hoje em dia, são Sócrates todos aqueles que nunca estão satisfeitos com o que sabem. Ser Sócrates é querer sempre mais. Infelizmente, esses são os curingas de um grande baralho, e enquanto a humanidade permanecer humana, será assim.

- Agradecimento ao filósofo Márcio Mallmann e à sua palestra maravilhosa.

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